
Informação sobre a exposição Colagens
Inauguração da Exposição | 22 de Abril 2014 às 18h ver notícia na UC TV
22 de Abril a 31 de Maio 2014 - Dep. de Antropologia
Horário: de segunda a sexta-feira das 14h às 18h Ver
Leituras ao vivo: 22 e 25 de Abril
Organização: CD25A/CES | Apoio: TAGV e TCSB
Partindo da exposição J'ai la tête figée entre la nuit et l'aurore: collages preparada a pedido do Consulado Português para Lille: Capital Europeia da Cultura em 2000 o artista plástico ARTMINI (Phillippe Martini) prepara agora para mostrar em Coimbra uma instalação audio-vídeo de obras (colagens e “mobiles”) abordando de uma forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974. Dez anos depois de ter tido estado em Portugal no espço da Associação Abril em Maio (Lisboa) Phillippe Martini volta a Portugal juntando novos materiais e novas obras para uma nova encenação, agora no espaço do Colégio São Bento (Dep. Antropologia).
Paisagem / banda sonora de autoria da actriz e cantora francesa Margarida Guia, que em dois espectáculos ao vivo interpretará poemas e textos de autores portugueses.
Esta exposição surgiu na sequência de uma peça de teatro para a qual foram feitas algumas das collagens
Apropósito desta peça escreviam os artistas em 2000, no texto de apresentação do programa: do espectáculo
"A peça - Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada – representada em francês e em português, realizada por Philippe Martini e Margarida Guia, passa em revista os 48 anos de ditadura em Portugal que precederam a revolução dos Cravos em abril de 1974.
Quarenta e oito anos, da emigração à Revolução passando pela ditadura, a opressão, as guerras coloniais, a censura e a luta. Da Gare de Austerlitz para Lisboa, passando por Luanda, momentos-chave para abrir a porta de uma história, retrato tecido de textos e colagens para traçar esses quarenta e oito anos.
Uma mesa, uma cadeira, um écran, guarda-chuvas e mochilas. Sobre a partida e a chegada, entre a noite e a madrugada, vela uma luz…
Criado em abril de 2000, a pedido do Consulado da Portugal em Lille, durante as comemoração da Revolução dos cravos, esta peça reflecte uma história ainda pouco conhecida em França - a através de elementos visuais, sonoros e dramáticos que transportam esta história para um contexto artístico.
Convidamo-lo a(re) visitar a refazer os passos desses quarenta e oito anos, durante uma hora entre a noite e madrugada, através de poemas, de textos dramáticos e de documentos históricos. Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada poderia aparentar-se ao teatro documentário à maneira de Peter Weiss, dramaturgo alemão que justamente se inspirou na colonização portuguesa em África na sua peça, A Canção do Fantoche Lusitano.
Esta criação foi também apresentada durante o Festival de Teatro Português em Paris, Biarritz e Oloron Ste. Marie em Novembro de 2000, no âmbito da geminação entre as cidades de Roubaix e da Covilhã, em Outubro de 2000, em Lille em 2001 e na Associação Abril em Maio, em Lisboa em 2003."
Notas Biográficas