Lista de artigos da revista “Portuguese and Colonial Bulletin”
1961-1974
Este documento que disponibilizamos, uma lista ordenada cronologicamente, é uma selecção de artigos, que considerámos os mais importantes, quase todos assinados, publicados no Boletim.
O Portuguese and Colonial Bulletin foi publicado em Londres entre 1961 e 1974, organizado e editado, pelo Grupo de Democratas Portugueses em Inglaterra (GPDI) e apoiado pela Liga de Goa, uma associação sediada em Londres que lutou pela independência de Goa e apoiava também os movimentos de libertação das colónias portuguesas.
Pode também consultar aqui todo o conteúdo da coleção bastante completa que existe no CD25A e que já se encontra digitalizada e disponível no arquivo digital.
Não existem no arquivo do CD25A os nºs 2 e 3 do volume 9 (1969), o volume 10, os nº 1, 2 e 3 do volume 11, o nº 2 do volume 12 e o nº3 do volume 13.
Titulo |
Autor |
Ano e nº |
Mês |
Localização na publ. |
Resumo |
Cabral, J.C. |
1961/1 |
fev |
p. 3 - 5 |
Aborda as privações de direitos das populações nativas africanas com o Acto Colonial e a incorporação deste na Constituição em 1951 reforçando a ideia de nação portuguesa multicultural e multirracial, mas mantendo as assimetrias sociais entre nativos, assimilados e portugueses. |
|
McGowan, Patrícia |
1961/1 |
fev |
p. 5 - 8 |
Critica a ação portuguesa nas colónias africanas, sobretudo em Angola, destacando a incapacidade do Governo em desenvolver a região e prestar serviços educacionais e médicos com qualidade. Aponta, ainda, a segregação racial existente na altura, uma vez que a maioria da população africana continuava a serclassificada como não civilizada. |
|
Ramos, A. |
1961/1 |
fev |
p. 2 - 3 |
Traça o panorama dos principais problemas que assolam Portugal desde a consolidação do regime salazarista tais como os baixos níveis de industrialização, os baixos salários, elevada emigração, a mortalidade infantil, a censura, a repressão politica e a falsificação das eleições. Aborda, ainda, a questão colonial e os movimentos de independência que apareceram nas colónias africanas portuguesas. |
|
Araújo, G. |
1961/2 |
Março |
p. 11-14 |
Relata a censura e a produção cultural a serviço do regime salazarista ao nível do teatro, da imprensa, da edição de livros e na docência. Expõe, também, o caso de Aquilino Ribeiro, para ressaltar a falsa amnistia aos presos políticos do final da década de 50. |
|
Galvão, Henrique |
1961/2 |
Março |
p. 11 |
Manifesto, após o sequestro do paquete Santa Maria em 1961, com o objetivo de incitar a revolução e oposição à ditadura de Salazar. |
|
McGowan, Patrícia |
1961/2 |
Março |
p. 15 |
Apreciação crítica do trabalho do antropólogo Marvin Harris, “Portugal’s African ‘Wards’: a Firsthand Report on Labor and Education in Moçambique” (1958), que relata o sistema de trabalho forçado (shibalo) existente em Moçambique desde o século XIX e continua em vigor até à década de 60. |
|
Cabral, João |
1961/3 |
Abril |
p. 22-24 |
Relata o sistema de trabalho forçado nas colónias portuguesas, que incluía todos os homens, crianças e mulheres, tendo como base o Código de Trabalho dos Nativos e a missão portuguesa de civilizar por meio do trabalho. |
|
Ramos, A. |
1961/3 |
Abril |
p. 19-22 |
Explica o funcionamento e a atuação da Policia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) enquanto órgão de repressão politica e de encarceramento e tortura dos opositores ao regime. |
|
Araújo, G. |
1961/4 e 5 |
Junho e julho |
p. 39-40 |
Aborda os problemas que a afetação das verbas orçamentais para a guerra colonial causaram para ao desenvolvimento da economia portuguesa, sobretudo nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento agrícola e tecnológico do país e das colónias. |
|
de Miranda, S. |
1961/4 e 5 |
Junho e julho |
p. 37-39 |
Busca demonstrar que o conceito de assimilação e a retórica da ausência da discriminação racial existentes na colonização portuguesa é falso. Para isso utiliza o exemplo do sistema educacional, uma vez que brancos, assimilados e negros possuem programas educacionais diferentes. |
|
Maia, João da |
1961/4 |
Maio |
p. 28-29 |
Compara as características da economia portuguesa de 1890 com as de 1950, utilizando os censos desses anos. Conclui que Portugal não alterou as suas características económicas, mantendo-se dependente da economia primária (agricultura, pesca e da indústria florestal), da importação de produtos manufaturados e de intermediários para a exportação dos produtos nacionais (Inglaterra – cortiça, vinho do porto e cobre; Bélgica – cobre ; França – responsável pelos caminhos de ferro). |
|
Ramos, A. |
1961/4 e 5 |
Junho e julho |
p. 34-36 |
Traça um panorama do padrão de vida em Portugal, a nível da qualidade das habitações e da população sem abrigo, bem como da nutrição (calorias ingeridas por dia) e da saúde. |
|
S.I. |
1961/4 |
Maio |
p. 30-31 |
Declaração de oposição a todo o sistema colonial português em Angola e de incentivo à união de todas as frentes de libertação em Angola, após o massacre de Icolo e Bengo, em Junho de 1960. |
|
“Goa Army and Police on the Alert. Patrols, searchs and arrests” |
S.I. |
1961/4 e 5 |
Junho e julho |
p. 33 |
Relata a reação das forças portuguesas em Maio de 1961, após os ataques dos Commandos of Azad Volunteers Corps, nas regiões de Betim e Keri. |
Serrão, A.C. |
1961/4 |
Maio |
p. 26-28 |
Demonstra que as três possessões portuguesas na Índia (Goa, Damão e Diu), possuem aspirações nacionalistas próprias e vivem longe do ideal de passividade e de incorporação a cultura portuguesa que Salazar procura passar para a comunidade nacional e internacional. |
|
Araújo, G. A. |
1961/7 |
Agosto |
p. 46-49 |
Aborda a relação entre a exploração das matérias-primas nas possessões portuguesas (urânio, tungsténio, pirite) por empresas estrangeiras (sobretudo britânicas) e a necessidade de manter as colónias por meio da guerra, devido à importância económica das concessões de exploração. Denuncia, também, o trabalho forçado e a discriminação que advém desse sistema colonialista de abuso as populações nativas. |
|
S.I. |
1961/7 |
Agosto |
p. 45 |
Carta de um soldado, apoiante do regime de Salazar, retratando o massacre das forças portugueses nas aldeias em Angola. |
|
S.I. |
1961/7 |
Agosto |
p.49-50 |
Considerações a respeito das opressões económicas, sociais e culturais dos países que continuam sob o sistema colonial, denunciadas na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, que ocorreu em Casablanca, entre 18 e 20 de Abril de 1961. |
|
Ramos, A. |
1961/8 e 9 |
Setembro e outubro |
p. 52-54 |
Explica a falsa conceção de eleição do sistema ditatorial chefiado por Salazar. |
|
S.I. |
1961/8 e 9 |
Setembro e outubro |
p. 54-56 |
Continuação das considerações a respeito das opressões económicas, sociais e culturais dos países que continuam sob o sistema colonial, formuladas na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, que ocorreu em Casablanca, entre 18 e 20 de Abril de 1961, apresentadas no nº7 (Agosto). |
|
“Some aspects of agriculture in Portugal under the Salazar regime.” |
Monteiro, Carlos |
1961/10 e 11 |
Novembro e Dezembro |
p. 64-65 |
Expõe algumas características da agricultura portuguesa durante o regime salazarista, nomeadamente o prevalecimento da agricultura em pequena escala e familiar, a manutenção de condições primitivas de exploração da terra, etc. |
Ponte, Lourenço da |
1961/10 e 11 |
Novembro e Dezembro |
p. 61-63 |
Aborda o surgimento, as características e trabalhos literários de oposição ao governo que o movimento neo-realista desenvolveu em Portugal. |
|
S.I. |
1961/10 e 11 |
Novembro e Dezembro |
p. 59 |
Libertação de Goa do colonialismo português.
|
|
Ramos, A. |
1962/1 |
Abril e Maio |
p.78-80 |
Explica a posição adotada pelos católicos apoiantes do regime destacando, no entanto, a alterações das suas posições com o avanço da guerra colonial. |
|
Zayres, U. |
1962/1 |
Abril e Maio |
p.80-81 |
Aponta o funcionamento arcaico da economia portuguesa, uma vez que mantêm aspectos feudais na forma de distribuição da terra e nas técnicas aplicadas a agricultura. Critica, ainda, o funcionamento do Plano de Desenvolvimento Português, que envolve aperfeiçoar sistemas de irrigação, fertilização e saneamento, pois este apenas abarca os grandes monopólios agrícolas. |
|
Mendes, Nuno |
1962/2 |
Julho e Agosto |
p. 88-90 |
Traça um panorama da situação dos atores em Portugal, a relação com as companhias de teatro e a censura. |
|
Miranda, S. de |
1962/3 |
Setembro e Outubro |
p. 96-97 |
Retrata o controlo que o regime de Salazar exercia sobre as Universidades portuguesas (Lisboa, Porto e Coimbra) e a luta dos estudantes universitários contra a censura às organizações administrativas estudantis, destacando a crise académica de 1962. |
|
Ramos, A. |
1962/4 |
Novembro e Dezembro |
p. 106-108 |
Traça um panorama histórico desde o século XII até os anos 60 do século XX, para explicar tanto a origem do Salazarismo como do povo português que combate os sistemas repressivos, aos quais acabaram por ser submetidos. |
|
Araújo, G. |
1962/12 |
Fevereiro e Março |
p. 70-73 |
Traça um panorama das alianças entre Portugal e Inglaterra, dando ênfase às acusações e ao distanciamento que Salazar coloca aos britânicos após a independência de Goa, Damão e Diu. |
|
“Repressive Legislation in Portugal: An Examination of Decree Law Nº. 40550” |
Figueiredo, A. de |
1963/1 |
Março, Abril e Maio |
p.128-129 |
Analisa o decreto de lei n.º 40550, aprovado em 12 de Março de 1956, enquanto meio para fortalecer a opressão e a censura em Portugal, utilizando como argumento a necessidade de implementar “medidas de segurança” mais fortes no país. |
“Some aspects of Labour Organization under Salazar’s Fascist Regime” |
Almeida, Luiza |
1963/2 |
Junho e Julho |
p.138-139 |
Expõe a situação dos trabalhadores em Portugal e o controlo do regime de Salazar sobre essa classe, proibindo-os de qualquer meio de oposição ao sistema corporativo em vigor. |
Ramos, A. |
1963/3 |
Agosto e Setembro |
p. 148-150 |
Aponta os números de produção e de trabalhadores envolvidos nas indústrias têxteis, algodoeira, de lã, alimentar, pesqueira, açucareira, cervejeira e de cortiça. |
|
Araújo, G. |
1963/4 |
Outubro e Novembro |
p. 160-161 |
Desenvolve argumentos que demonstram o apoio de Salazar a Hitler, alterando a sua posição apenas após a entrada dos EUA na II Guerra Mundial. |
|
Araújo, G. |
1963/5 |
Janeiro e Fevereiro |
p. 116-118 |
Expõe a difícil condição dos escritores devido à censura e à iliteracia existente em Portugal, que não movimenta o mercado do livro. Mas ressalta a consciência dos poucos escritores existentes, que procuram retratar a exploração na África portuguesa, além dos neo-realistas, que trazem temas fraturantes para a ditadura de Salazar. |
|
Araújo, G. |
1964/1 |
Fevereiro e Março |
p. 184-186 |
Retrata os problemas da educação e do alto nível de iliteracia existente em Portugal e nas possessões ultramarinas, devido à censura e doutrinação dos professores, à privação de estudos da maioria da população e da falta de investimento na área. |
|
Ramos, A. |
1964/2 |
Abril e Maio |
p.198-200 |
Conclusão do artigo “Portuguese Industry” (1963/3) e “Industry in Portugal” (1963-64/5). |
|
Araújo, G. |
1964/3 |
Junho e Julho |
p.208-211 |
Continuação do artigo “Education under Salazar” (1964/1) onde aprofunda a problemática da situação precária dos professores, das escolas secundários e do ensino universitário. |
|
Azevedo, J. |
1964/4 |
Agosto e Setembro |
p. 220-223 |
Relata o sistema de trabalho forçado e o controlo da população nativa de Moçambique, que se estabeleceu desde o século XIX. Além disso, expõe a estagnação económica vivida no território e o problema que a obrigação da cultura do algodão gerou na região. |
|
Ramos, A. |
1963-64/5 |
Dezembro e Janeiro |
p.172-174 |
Continuação do artigo “Portuguese Industry” (1963/3) abordando as indústrias de minerais não metálicos (cerâmica, vidro e cimento), a metalúrgica, a química e a de refinamento de óleos. |
|
Ramos, A. |
1964/5 |
Outubro e Novembro |
p. 232-233 |
Aborda o funcionamento da pesca em Portugal, o tipo de peixes existentes na costa portuguesa e a situação precária da profissão considerando que este é um alimento essencial para a população portuguesa. |
|
Leal, J. M. |
1965/1 |
Fevereiro e Março |
p.250-252 |
Traça um panorama da literatura em Portugal, desde o século XII, com Fernão Lopes até à década de 40 do século XX, com Ferreira de Castro, para expor aos leitores ingleses a escrita crítica e consciente existente no país que foi sufocada pelo regime de Salazar. |
|
Vieira, L. |
1965/2 |
Abril e Maio |
p. 260-261 |
Aponta os motivos que levaram a emigração entre 1864 a 1960; faz um levantamento das idades e dos distritos com maior índice de deslocamento interno e externo entre 1951 e 1960. |
|
Leal, A. G. |
1965/3 |
Junho e Julho |
p. 270-272 |
Expõe a censura do governo ditatorial português em relação ao teatro e a diversos livros aclamados pela crítica britânica, como “Meu encontro com Marx e Froid” de Erich Froom, “O mundo do Socialismo” de Caio Prado Jr., entre outros. E também adverte para a completa proibição da circulação de trabalhos de autores africanos. |
|
Vieira, L. |
1965/4 |
Agosto e Setembro |
p. 280-281 |
Conclusão do artigo “Emigration from Portugal” (1965/2). |
|
Leal, A.G. |
1965/5 |
Outubro e Novembro |
p.288;291; 293;296 |
Relata o crescimento da oposição da população portuguesa (estudantes, universitários, camponeses, trabalhadores) ao regime opressor português, devido às péssimas condições de vida infligidas ao povo e ao aumento da violência e da repressão por parte da PIDE. |
|
Azevedo, J. |
1964-65/6 |
Dezembro e Janeiro |
p. 240-241 |
Conclusão do artigo “Mozambique” (1964/4). |
|
Ramus, A. |
1966/1 |
Fevereiro e Março |
p.312-313 |
Aborda os recursos energéticos existentes em Portugal, como o urânio, a energia hidroelétrica e o carvão, ressaltando a exploração desses pelas companhias privadas, as quais fornecem às grandes fábricas energia a baixo custo, enquanto a população em geral é sobrecarregada com as taxas. |
|
Ramus, A. |
1966/2 |
Maio e Março |
p.324-325 |
Conclusão do artigo “Energy Problems in Portugal (part one)” (1966/1). |
|
Leal, A. |
1966/3 |
Junho e Julho |
p. 332-333 |
O artigo analisa o liberalismo tendo em conta duas perspetivas: uma a do regime fascista que é contrário as ideias liberais, pois considera que é uma importação estrangeira, defendendo, assim o poder absoluto. A segunda aborda os poderes democráticos que vêem no liberalismo a afirmação de um processo para a integração da população na política. |
|
Leal, A. |
1966/4 |
Agosto e Setembro |
p.340-341 |
Conclusão do artigo “Liberalism in Nineteenth Century in Portugal (part one)” (1966/4), salientando que as ideias liberais ganharam força em Portugal após 1822, pois se propunham resolver os problemas estruturais portugueses - elevada concentração da população no setor primário, grande número de taxas sobre a circulação, falta de estabilidade financeira - apesar não conseguiram implementa-las devido a dependência do investimento externo e ao endividamento. |
|
Dias, H. |
1965-66/6 |
Dezembro e Janeiro |
p.300-301 |
Faz um retrato da sociedade guineense desde a ocupação portuguesa no século XV, até ao desenvolvimento dos movimentos de libertação em meados de 1950, como PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde). |
|
Ramos, A. |
1966-67/5-6 |
Outubro a Janeiro |
p.350-351 |
Traça o panorama de situação precária das habitações em Portugal, uma vez que a maior parte da população não tem acesso a saneamento básico. Ressalta, também, a questão do prevalecimento das zonas rurais sobre as de cidade (apenas Lisboa e o Porto), afetando o desenvolvimento da indústria, da construção e encarecendo o serviço. |
|
Leal, A. |
1967/1 |
Fevereiro e Abril |
p. 362-363 |
Explica a guerra civil entre Liberais e Conservadores, tendo como representantes o rei D. João VI e D. Pedro e D. Miguel, respectivamente. Coloca em causa também a ação dos países aliados de Portugal, como Inglaterra e França, para a manutenção do regime liberal. |
|
Leal, A. |
1967/2 |
Maio a Julho |
p. 374-375 |
Conclusão do artigo “Contradictions of Portuguese Liberalism 1822-1828” (1967/1), com o objetivo de desmitificar a figura de D. Miguel utilizada por Salazar como símbolo da tradição politica em Portugal. |
|
Maia, V. |
1967/3 |
Agosto a Outubro |
p.386-387 |
Explicita os papéis que as mulheres portuguesas desempenham na sociedade, desde trabalhadoras do campo e da indústria, a professoras, oposicionistas do regime e presas politicas. |
|
Leal, A. |
1967/4 |
Janeiro |
p.398-402 |
Aborda, numa primeira fase, a relação de apoio da Igreja ao Regime Salazarista, sobretudo pela oposição ao comunismo (bula papal Rerum Novarum e Quadragésimo anno, vigente de 1925 a 1961), para então enfatizar uma alteração pontual da orientação de um grupo de católicos em meados 60, em relação aos acontecimentos ligados à guerra colonial e o apoio a Salazar. |
|
Miguel, Francisco; Vitoriano, José |
1968/1 |
Abril |
p.410-412 |
Transcrição dos testemunhos de Francisco Miguel, que fugiu do forte de Caxias em 1961, após 22 anos de encarceramento; e de José Vitoriano, libertado em 1966, depois de 17 anos nas prisões portuguesas. |
|
Ramos, A. |
1968/2 |
Julho |
p.422-423 |
Expõe a situação e o desenvolvimento da crise da indústria têxtil em Portugal, nos anos 60. |
|
Leal, A. |
1968/3 |
Outubro |
p.434-436 |
Aborda a estrutura agrícola em Portugal e as causas da baixa produtividade agrícola. |
|
Ramos, A. |
1969/1 |
Abril |
p.458-461 |
A. Ramos retoma a critica de G. Araújo no artigo “The Anglo-Portuguese alliance’ (1962/12), da relação entre Portugal e Inglaterra, interrogando a posição inglesa de apoio ao colonialismo português, a aceitação da ditadura de Salazar e a sua aprovação como membro da NATO. |
|
S.I |
1969/1 |
Abril |
p. 462 |
Noticia sobre o assassinato de Eduardo Mondlane (3 de Fevereiro de 1969); e um adendo sobre os outros opositores do regime mortos pela PIDE. |
|
Leal, A. |
1969/4 |
Janeiro |
p.446-447 |
Conclusão do artigo “Crises in Agriculture (I)” (1968/3), expondo o movimento de oposição dos camponeses (Alentejo, Ribatejo e Algarve), os quais fizeram greves em Abril e Maio de 1962. |
|
Ramos, A. |
1970/4 |
Janeiro |
p.494-496 |
Relata a situação política em Portugal na altura da eleição de 1969, ressaltando a ação da oposição para promover candidatos anti-fascistas e conceder o direito ao voto à mais cidadãos e cidadãs do país. |
|
Melo Carvalho |
1971/2 |
Abril |
p.19 |
A partir dos outros artigos que constam no Boletim sobre o situação economia de Portugal e sobre o investimento feito às industrias, Carvalho Melo desenvolve uma critica ao emprego de capitais no turismo enquanto base da economia portuguesa , uma vez que todos outros setores encontram-se degradados. |
|
Simas, L. |
1971/2 |
Abril |
p.15-18 |
O artigo faz uma critica ao governo de Salazar após a sua morte em 27 de Julho de 1970, a nível da sua imagem, do autoritarismo e da violência com que lidava com a oposição, além colocar em causa a politica económica, externa e colonial contrariando, assim, o espírito de respeito pedido por Marcelo Caetano, sucessor de Salazar. |
|
Leal, A. |
1972/1 |
Janeiro |
p.5-6 |
Aborda a situação dos portugueses que querem emigrar e aponta os empecilhos que o governo de Marcelo Caetano impõe (literacia, trabalho fixo e estável, maior de 18 anos e aprovado pela PIDE), criando, assim, uma elevada taxa de emigração ilegal colocando em risco os portugueses que vão em busca de melhores condições de vida. (Esse artigo é continuação de um artigo publicado em volume em falta na coleção do CD25A, Bulletin, vol.11, nº4, Outubro de 1974). |
|
Vitoriano, José |
1972/3 |
Julho |
p.25 |
Conclusão do artigo publicado no Bulletin em Abril de 1972 (escrito em Setembro de 1971), volume em falta no CD25A. Aborda a ação dos sindicatos em Portugal, apesar da repressão que continuou no governo de Marcelo Caetano. |
|
Leal, A. |
1972/4 |
Outubro |
p.34-35;39 |
Busca criar um retrato da politica que Marcelo Caetano, sucessor de Salazar, vai desenvolver no seu governo. Destaca, sobretudo, a falsa abertura que o chefe de Estado procura demonstrar aos meios de comunicação, sobretudo em relação aos presos políticos, os quais não deixam de existir assim como a policia politica, que apenas altera a nomenclatura de PIDE para DGS (Direção Geral de Segurança). |
|
Leal, A. |
1973/1 |
Janeiro |
p.5-7 |
Conclusão do artigo “Caetano’s Style (I)” (1972/4). |
|
Costa, Josina |
1973/2 |
Abril |
p.17-18 |
Procura demonstrar a importância de Portugal integrar a Comunidade Económica Europeia, exemplificando com dados dos benefícios indiretos nas importações, exportações e turismo com países integrantes do bloco. |
|
Ramos, A. |
1973/4 |
Outubro |
p.33-35 |
Traça um paralelo entre as verbas orçamentais das indústrias metalúrgicas (naval, automobilística, siderúrgicas) e as condições de trabalho e de salário dos trabalhadores envolvidos nessas atividades, para demonstrar a precariedade em que desenvolvem as suas funções em Portugal. |
|
Ramos, Al |
1974/1 |
Janeiro |
p.3-4 |
Conclusão do artigo “Portugal Metal Industry & Workers (1)” (1973/4) expondo a ação dos sindicatos para melhorar as condições de trabalho e salário, ressaltando a figura de Dias Lourenço, metalúrgico nos estaleiros navais e opositor do regime preso em 1962. |
|
Vieira, L. |
1974/2 |
Abril |
p.14-15 |
Refere-se à construção em Sines, do grande Porto em águas profundas, o qual incluiria uma refinaria, uma petrolífera, um processador de pirites de cobre e uma central térmica. Porém ressalta os problemas ambientais, o fim do comércio pesqueiro da região e o alto custo que significa para o estado. |
Ficha Técnica:
Trabalho realizado por Ana Marcella de Carvalho no âmbito do estágio extra-curricular da FLUC – 2017
Coord.: Natércia Coimbra
Apoio: Fernanda Ventura