Entrevistas a Otelo Saraiva de Carvalho - 2

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27m10s até 28m56s 

 
 
 
E – Pois... Quando eu digo também concorda até pela a própria definição política deste cenário uma vez que o regime português na altura não era nada simpático aos próprios países da NATO e só lhe criava dificuldades
 
O –... E aos Estados Unidos.
 
E –... E aos próprios Estados Unidos. Portanto quando eu digo que há uma atenção muito especial, mesmo à distância da NATO, poderá ser apenas no sentido até, de ver, se... para que lado, enfim de se informar, de ver para que lado cai, e até uma tentativa, digamos... de assentimento, não é? Uma vez que não intervem? Uma tentativa de assentimento de apoio à... à...
 
O –...E até sintomático o facto da esquadra da NATO já estar a sair o Tejo quando a fragata lá recebe indicação por mando do Ministro da Marinha, do Crespo, Almirante Pereira Crespo, recebe indicação para regressar rapidamente, sair, abandonar a esquadra e regressar ao estuário do Tejo e fundear junto ao Terreiro do Paço e a esquadra da NATO não regressa toda ela para a frente do Terreiro do Paço, continuam o seu caminho, sim senhor, e autorizam que fragata portuguesa Pereira da Silva regresse e fundeie em frente ao Terreiro do Paço.
 
E – Sim, sim.... Bom
 
O – Quer dizer a esquadra da NATO não se imiscui...
 
E –... Neste momento, não.
 
O-...neste problema interno
 
E – mas vamos ver no decurso, no avançar do processo e em datas críticas como o 11 de Março, o 28 de Setembro etc. como é que há sempre operações da NATO e há sempre proximidade e, portanto, navios da NATO próximo da costa portuguesa em missão no, no mínimo de observação. No mínimo dizemos nós...
 

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