Aspectos Militares
Efectivos
Militares
Após a Segunda Guerra Mundial, adensam-se, mais uma vez, as nuvens de ameaça sobre o Império Colonial Português que , sabe-se, os seus pés de barro. Embora com lentidão, o regime trata de reestruturar o aparelho militar. |
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Mortos Durante os 13 anos de Guerra, e segundo elementos íncluidos na Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), registou-se um total de 8 290 mortos nas três frentes de combate. O subtotal mais elevado refere-se a Angola (3 258), embora a exiguidade do território leve a ter de se referir a Guiné, com 2 070. A grande maioria dos que morreram caiu em combate, e aqui o número mais elevado registou-se em Moçambique (1 481); seguem-se Angola (1 306) e Guiné (1 240). |
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Feridos O número é dificil de calcular. A Associação de Defecientes das Forças Armadas presta serviços a 13 mil sócios, todos, portanto, portadores de “ deficiência permanente e adquirida durante o serviço militar”. Mais cerca de 3 mil processos aguardam solução. Estimativas apontam para um total de 30 mil deficientes. Não custa aceitar que o número de feridos, com maior ou menor gravidade, é bastante mais elevado, até porque, em muitos caso, os ferimentos não deixaram marcas. Muitissimo mais alto é o número de afectados, sobretudo a nível psiquico. Médicos têm estudado o fenómeno, calculam em cerca de 140 mil os antigos militares “stress de guerra”,uma doença mais grave do que se supõe. Mas há outra ferida que as próprias autoridades procuram esconder o mais possível : os desaparecidos. Recentemente, a Grande Reportagem, escrevendo sobre estes “ heróis sem regresso”, dizia que “ de 1971 a 1973, há no Diário de Notícias nove referências a desaparecidos de combate”. E nos dez anos anteriores ? Ninguém vai acreditar que não haja números oficiais. Talveez á medida que o tempo passe, sejam criadas as condições para exorcizar defenitivamente o fantasma da guerra, de modo a que ninguém fique submergido pela capa do silêncio. |