António Lopes Cardoso Engenheiro agrónomo de formação é descendente de uma família de políticos. Em virtude disso, desde muito cedo se dedicou à actividade política, tendo sido presidente da primeira Comissão Inter-Associações de Estudantes, futura RIA. Apesar de estar sempre na oposição ao regime, nunca chegou a integrar o MUD juvenil e participou activamente na campanha do General Humberto Delgado, figura à qual vai ter uma forte ligação. Participou no assalto ao quartel de Beja, passando então a ser perseguido pela PIDE, sendo obrigado a exilar-se em Paris. Em 62, participou na primeira conferência da FPLN (Frente Patriótica de Libertação Nacional), realizada em Roma. Em 1963 é um dos fundadores do MAR (Movimento de Acção Revolucionária). Regressou a Portugal em 1971, após ter passado por França, Brasil e Marrocos, onde chegou a ser assessor do ministro da Agricultura marroquino. Após o 25 de Abril, entrou para a direcção do PS. Esteve envolvido no VI Governo Provisório como ministro da Agricultura e Pescas, cargo que ocupou também no primeiro Governo Constitucional e do qual se demitiu. Em 1976, foi um dos criadores da Associação Fraternidade Operária que mais tarde viria a dar lugar à UEDS, partido este que o elegeu para a Assembleia da República e que se dissolveu em 1986, altura em que regressou definitivamente ao PS. Nesse mesmo ano, foi eleito vice-presidente do grupo parlamentar, fazendo também parte da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional até 1995. Afasta-se do PS com a ascensão de António Guterres à liderança do partido, mas é um dos principais impulsionadores da primeira candidatura de Jorge Sampaio à Presidência da República, mantendo o lugar assessor político do Presidente até 2000, data da sua morte. Publicou vários livros respeitantes ao panorama agrícola português e ao sistema político-partidário. |
António Lopes Cardoso