Cumpriu uma carreira militar brilhante que incluiu passagens por Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial e pela Índia durante 30 anos. Foi comandante-geral da Legião Portuguesa em 1944 e mais tarde tornou-se comandante da 3ª Região Militar. Após a morte de Carmona, foi convidado a suceder-lhe na Presidência da República, cargo que cumpriu até 58. Divergências com Salazar ditaram a sua não permanência no cargo durante um segundo mandato, sendo escolhido para a sua sucessão o Almirante Américo Tomás. Colaborou na tentativa de golpe protagonizada por Botelho Moniz que pretendia demitir Salazar e reconduzi-lo à Presidência da República. Até ao fim da vida assumiu uma atitude de discordância face à estagnação do regime e à sua política colonial.