Este operário vidreiro em 1934 era simultâneamente membro do PCP e dirigente sindical, tendo sido um dos dirigentes da greve inssurreccional de 18 de Janeiro na Marinha Grande. O seu dinamismo, a sua indignação e o ódio à opressão vão conduzi-lo à prisão em 1938, onde vai ser severamente torturado. Libertado em 1940 vai desempenhar um papel determinante na reorganização sindical e do PCP.Em 1943 torna-se membro do secretariado do partido, apresentando relatórios nos III e IV Congressos, relativos à actividade sindical e contra a repressão fascista. O facto de ser perseguido pela PIDE obrigou-o a permanecer vinte anos na clandestinidade em prol da Liberdade que ajudou a construir, e que apenas sentiu e nunca conheceu.