1 de Janeiro
•Caso da Capela do Rato: mantém-se a vigília e a greve de fome um grupo de católicos iniciara em 30 de Dezembro, sob o tema “a paz é possível”, e que logo nesse dia for a duramente reprimida, quando uma força da polícia de choque, comandada pelo capitão Maltez Soares entra na Capela do Rato e prende setenta pessoas. Participaram destacadas figuras da oposição entre as quais se contavam Pereira de Moura, Luís Moita, Maria Benedita, Galamba de Oliveira, Nuno Teotónio Pereira, Homero Cardoso e os estudantes liceais Francisco Louçã e Miguel Teotónio Pereira.
2 de Janeiro
•Em consequência da vigília pela paz e dos acontecimentos na Capela do Rato doze funcionários públicos são exonerados por decisão do Conselho de Ministros, entre os quais, Francisco Pereira de Moura e Luís Moita.
6 de Janeiro
•Surge o semanário Expresso ligado à Ala Liberal da Assembleia Nacional. É seu director Francisco Pinto Balsemão.
10 de Janeiro
•O Patriarcado emite uma nota em que condena quer a " Vigília da Capela do Rato" quer a repressão policial que se lhe seguiu. Mais tarde o Patriarca demite o Padre Alberto Neto, responsável pela Capela do Rato.
16 de Janeiro
•Os deputados da Ala Liberal, Francisco Sá Carneiro e Miller Guerra fazem uma primeira intervenção na AN, condenando a atitude das autoridades no Caso da Capela do Rato.
17 de Janeiro
•A LUAR distribui um comunicado anunciando a prisão em França, de Palma Inácio. Será libertado no mês seguinte alegando a polícia francesa insuficiência de provas.
20 de Janeiro
•O líder do PAIGC, Amílcar Cabral é assassinado em Conackry, num atentado levado a cabo por guineenses dissidentes do PAIGC. O governo português atribuiu a responsabilidade desta acção ao Presidente da Guiné - Conakry, Sekou Touré enquanto que para o PAIGC se tratou de uma acção concebida pela PIDE/DGS ou pelo governador da Guiné António de Spínola.
25 de Janeiro
•Francisco Sá Carneiro renuncia ao seu mandato de deputado afirmando: "não poder prosseguir sem quebra da sua dignidade pessoal". Uma semana depois, alegando idênticas razões, demite-se Miller Guerra.
Ainda em Janeiro
•Movimentos sociais em luta por melhores condições de trabalho: manifestação de bancários em Lisboa e greve de pescadores em Matosinhos, Aveiro e Figueira da Foz.