António José de Almeida

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António José de Almeida 
(n.1866 m.1929)

 
Estudou Medicina na Universidade de Coimbra. Ligou-se desde muito novo ao ideário republicano, o que lhe veio trazer bastantes constrangimentos, tendo inclusivamente tido problemas a nível universitário. Opõe-se freneticamente ao conservadorismo, acabando por ser julgado e condenado, num processo em que foi defendido por Manuel de Arriaga. Exerceu a profissão de médico em S.Tomé, Angola e Paris, mas ao regressar a Portugal dedicou-se inteiramente à vida política, tendo entrado para a Câmara dos Deputados. Foi preso de novo em Janeiro de 1908 após uma tentativa de revolução falhada e, quatro dias volvidos, dão-se os assassinatos de D.Carlos e do príncipe herdeiro. Foi ministro do Interior no primeiro Governo provisório, procedendo à reforma da instrução primária e do ensino universitário. Defendeu a entrada de Portugal na primeira Guerra Mundial se a Inglaterra assim o desejasse. Em 1916/17 foi ministro das Colónias, chegando mesmo a chefiar o Governo. Foi líder do Partido Republicano entre 1912 e 1919 e fundador do Partido Evolucionista. Foi eleito Presidente da República a 5 de Outubro de 1919 e foi o único a cumprir o seu mandato de 4 anos sem interrupções. Com a deposição do Governo liderado por António Granjo, pretendeu resignar ao seu mandato, mas uma enorme manifestação demoveu-o e ele acabou por ficar. Autor do panfleto Desforra, manteve também um artigo no folheto Ultimatum.. Foi o fundador dos jornais O Raio e a República e colaborador n'O Mundo.