Este Almirante foi deputado em 1908 e ministro da Marinha em 1918, tendo sido eleito Presidente da República a 16 de Dezembro de 1918, após o assassinato de Sidónio Pais e apesar de Bernardino Machado continuar a ser, à luz da Constituição, o legítimo Presidente no exílio. Apesar de ser monárquico, Canto e Castro exerceu o seu mandato de forma exemplar, abstraindo-se da sua formação militar e dos seus ideais monárquicos. Num ambiente de tensão e instabilidade socio-política, surgiram várias tentativas de insurreição, chegando-se mesmo a proclamar a monarquia nalguns locais, como o caso do Porto, que ficou conhecido por Monárquico do Porto ou de uma forma depreciativa por Traulitária. Com a visita do Presidente do Brasil a Portugal, foi António José de Almeida que o foi receber, acto este que o retirou da sombra e o impulsiona de forma decisiva para suceder a Canto e Castro nos destinos do país.