Fausto...até sempre.

Fausto Bordalo Dias é uma figura basilar da música portuguesa que se faz hoje. O compositor e músico lendário morreu aos 75 anos de idade. É um dos maiores génios da música portuguesa, que fica eternizado pelas músicas de intervenção social e pela trilogia de álbuns sobre as epopeias marítimas, iniciada pelo álbum seminal "Por Este Rio Acima" (de 1982).

O compositor nasceu num barco, a meio caminho entre Portugal e Angola. E é no território africano que passa os 18 primeiros anos da sua vida. Por razões políticas, Fausto integra o movimento de cantores de intervenção, apesar de muito marcado pela sonoridade anglo-saxónica, sobretudo os Beatles. E actua ao lado de Zeca Afonso e de outros músicos de intervenção pelo país fora ao longo dos anos 70.

Fausto começa a fazer nome com o álbum de estreia, de 1974, "P'ró Que Der E Vier", que é gravado antes do 25 de Abril mas publicado depois da Revolução dos Cravos.

O Centro rende-lhe esta pequena homenagem, com uma seleção de 4 fotografias que integram o Arquivo com a sigla C.P.I. (Comunidade  Portuguesa em Inglaterra), reunido por exilados políticos e trabalhadores portugueses residentes em Inglaterra nas décadas de 60 e 70, entre os quais se contam Álvaro de Miranda, João Pedro Monjardino, Adriana Peixoto e Sacuntala de Miranda, doadores da documentação. O fundo (CPI), inclui para além de documentos pertencentes aos arquivos particulares dos quatro doadores, o arquivo do Jornal Luta Comum, que inclui fotografias de concertos de Fausto e Zeca em diversos contextos, entre os quais, do Festival Contra-Eurovisão em Bruxelas, em 1979.